2008-11-27

Visto de longe

Finalmente estou a assentar arraiais a alguns milhares de quilómetros de Portugal. E tudo parece mais claro. Desde o ar muito mais limpo que aquilo que respiramos em Lisboa (mais bicicletas que automóveis, bons transportes públicos, zonas históricas fechadas ao trânsito, coisas de país civilizado) até à diferença de mentalidades.
E porquê falar nisso? Porque ontem tive o azar de ler um post num blog, por parte dum elemento que se diz benfiquista mas emprega a primeira puta dama do FCP. Mas não vou falar do branqueamento nojento que faz a um dos maiores criminosos portugueses, alguém envolvido em tráfico de droga (aveiro connection), marfim, prostituição, corrupção, etc. Já foi muito bem comentado noutros blogs e até em comentários à execrável prosa.
Vou apenas comentar algo que para mim é o que define melhor a personalidade do escrevinhador. Começo por dizer que pelo menos numa coisa concordo com o autor da prosa – o grémio corrupto não é um clube regional. É um clube provinciano. Representa aqueles provincianos lerdos de ideias, que facilmente confundem Lisboa cidade com o governo da nação, para quem a culpa da situação em que estão é dos outros e não do mar de incompetência, corrupção, trabalho infantil, esbanjamento de dinheiro em Ferraris em vez de investimentos, etc., que infelizmente tem contribuído para o sub-desenvolvimento da região Norte.
E é este provincianismo que está bem patente no arrazoado de patranhas debitado pelo escriba. Desde a acusação bacoca a “Lisboa” de querer rivalizar com Barcelona e Madrid, querendo quase criminalizar o investimento feito pelos Lisboetas na sua cidade, passando pela acusação a “Lisboa” de “roubar” as sedes das empresas ao norte, e chegando a atacar “Lisboa” (mais uma vez confundindo o governo da república com a capital) para tentar branquear a vergonha que foi o metro do porto, insurgindo-se contra a única atitude possível de ser tomada por um governo confrontado com o pântano de corrupção no qual se tornou aquela empresa, em tudo o escriba mostra um enorme complexo de inferioridade provinciano, e uma inveja de algo que só existe na cabeça dele (e doutros parecidos), essa tal entidade “Lisboa”, todo poderosa, que tanto prejudica esse “Norte” que para o escrevinhador se deverá reduzir ao campo de contumil e arredores. Para o escriba não existe Braga, Guimarães, etc. Apenas um grupo de energúmenos que se revê numa associação provinciana para quem os fins justificam os meios, e os "outros" é que são os maus. Após ler tamanha confusão, pela primeira vez até acredito que o autor da prosa se creia benfiquista. O problema é que o seu cérebrozinho provinciano e limitado lhe faz crer que se pode ser benfiquista e ao mesmo tempo ter como ídolo um criminoso, que se pode ser adepto do glorioso e dar emprego a uma criminosa envolvida em fraudes fiscais apenas porque está de novo casada com um corrupto, que pode dizer que é do benfica quando tudo o que escreve e o canal que dirige apenas é propaganda provinciana e amadora dum modo de estar na vida que se resume a chorar o crescimento alheio e a culpar os outros pelo atraso indígena.
Isso não é ser do Benfica. Como também não é ser do Benfica branquear os últimos 26 anos de fraude e corrupção no futebol português. Nem defender para o Benfica o mesmo tipo de atitude, de distribuição de fruta e chocolates, de intimidação, de controlo da comunicação social através da corrupção e do terror, que é apanágio da SAD assumidamente corrupta. Ser do Benfica é também criticar o nosso clube, quando age mal. Exigir melhorias quando caduca, como hoje frente ao Olympiakos. Mas não é culpar o nosso clube por algumas vezes não conseguir vencer adversários que lutam com armas desiguais. Não é defender o indefensável. Não é tecer loas a criminosos que não estão presos apenas porque a “justiça” em portugal se compra com fruta servida no casino da póvoa.
Esse senhor não é do meu Benfica. Pode ser do dele, um clube que só existe na mente dele, algo que se sujeitaria a descer ao nível do clube provinciano. Mas um Benfica que sempre joga de forma honrada, que pode não ganhar tantos campeonatos mas que se pode gabar de o ter feito sempre de forma honesta e honrada, de um clube que se assume como um clube do mundo e não um clube de província, a esse clube esse pobre de espírito não pode dizer que pertence.

PS: O Glorioso perdeu 5-1 com o Olympiakos. O primeiro golo deles pareceu irregular, por falta sobre Quim, e o nosso primeiro foi mal anulado. A arbitragem foi tendenciosa, não só nesses mas em quase todos os lances, mostrando bem a influência do G14. Mas isso não explica tudo. A equipa claudicou, aparentando não esperar ser roubada de forma tão descarada no exterior como o é em Portugal. E isso não pode acontecer. Até porque depois dos corruptos não terem sido castigados com a exclusão da Liga dos campeões, e mais ainda depois de terem ganho com dois golos irregulares este último jogo, era bem óbvio que quem os denunciou ia ser prejudicado. O polvo não é exclusivamente português. E os jogadores do SLB devem ter consciência disso, e não se deixarem surpreender por arbitragens vergonhosas como a de hoje para depois fazerem a fraca exibição que fizeram. O SLB tem que ganhar, mesmo que a maioria das vezes jogue contra 14.

2008-11-02

Xistralhada

Substantivo de género indefinido; sinónimo de roubalheira, corrupção, fdp.
Mais um jogo, mais um penalty por marcar a favor do SLB. Claro que para alguns cómicos o Aimar ser atropelado dentro da área não é penalty, portanto hoje também não devem achar que a entrada assassina de Danilo sobre Aimar aos 3 minutos também não foi penalty nem falta para cartão vermelho. Tal como a cotovelada de Flávio Meireles ao mesmo Aimar, que deu amarelo aos dois jogadores (porquê, gatuno do car***o?) não era cartão vermelho (será que vai haver sumaríssimo?), nem o fora de jogo inventado a Suazo foi mal inventado, nem o golo do Guimarães foi precedido de falta assinalada ao contrário. E para estes mesmos que acreditam que uma simulação de um futebolista com alcunha de super herói retardado é penalty, a expulsão forçadíssima do Reyes ou os cartões amarelos mal mostrados a jogadores do SLB deverão ter sido erros naturais do gatuno do apito. Só espero é que haja decência, e o anormal do Andrezinho veja o sumaríssimo por aquela entrada nojenta sobre o Suazo, que o boi preto nem falta marcou.
E já dou de desconto as simulações dentro da área, que não deram penalty (já era demasiada roubalheira) mas também não deram o cartão amarelo a Douglas e a Roberto.
Enfim, as contas sairam furadas aos corruptos e aos vitós. Mesmo com tanto roubo, o SLB ganhou 2-1 e distanciou-se mais do grémio da fruta, o tal que a semana passada nem com a dita simulação nem com um golo mal anulado por pretenso fora de jogo deixou de perder com o Leixões. Esta semana foi com a Naval, e mais uma vez o bruto alves mandou um adversário para o hospital sem que o boi preto nada assinalasse. Um jogo normal para os frutados.
 
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